Diretor técnico do Hospital de Patos alerta: atendimento rápido é essencial após picada de animal peçonhento

O que fazer após uma picada de cobra ou de algum animal peçonhento venenoso? “A primeira atitude é procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível, porque em casos de cobras venenosas, por exemplo, o tempo entre a mordida e o socorro é determinante para reverter o efeito do veneno sobre o organismo e as complicações que ele gera”, explica o diretor técnico do Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro, de Patos, o médico Pedro Augusto.

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O alerta do médico faz referência a um caso acontecido no último final de semana, de um senhor de 70 anos, da cidade de Santa Luzia, que foi mordido por uma jararaca e chegou ao hospital de Patos quatro horas após o acidente e mesmo com a aplicação do soro, de todos os cuidados que o caso requereu, o paciente foi a óbito no mesmo dia. “Esse senhor chegou ao nosso serviço quatro horas depois do acidente, já na classificação de acidente grave, com sintomas severos relacionados ao veneno da cobra, como muita dor na região local, problema urinário, palidez e outros sintomas e, infelizmente, apesar da aplicação do soro antiofídico e de todos os esforços da equipe, evoluiu para um quadro de choque e não resistiu”, lamentou o médico, complementando que o paciente em questão, apesar da idade, não tinha nenhuma comorbidade que complicasse o quadro geral dele.

“A população precisa ficar atenta à necessidade do socorro imediato, principalmente, os pacientes da zona rural, onde esse tipo de ocorrência acontece com mais frequência e a distância das unidades de saúde é maior”, destaca Dr. Pedro, reforçando que quanto mais rápido o tratamento começar, mais eficaz será. “O tempo é determinante nos efeitos do veneno no organismo da pessoa. No caso da cobra jararaca, muito comum na nossa região, o veneno é de alta letalidade o que requer uma ação mais imediata de socorro”, explica Dr. Pedro.

O médico lembra ainda que é importante lavar o local da picada com água e sabão, imobilizar o membro afetado e, se possível, tentar identificar a cobra. É também importante evitar movimentos da pessoa picada porque isso pode acelerar a propagação do veneno no organismo, não se deve aplicar torniquetes, porque pode causar uma necrose no membro e piorar a situação e, sobretudo, evitar usar pomadas, café, e soluções caseiras ou outros produtos no local da picada, pois isso pode aumentar o risco de infecção.

News Comunicação/Assessoria