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Na Paraíba, gêmeas engravidam juntas três vezes, têm mesmo número de filhos e dividem salão de beleza: 'maternidade nos uniu ainda mais'

Maíra e Maiara dividem a vida, a maternidade, o trabalho e uma conexão intensa de 34 anos.

11/05/2025 às 13h56
Por: Teixeira em Foco Fonte: G1 PB
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Irmãs gêmeas engravidam juntas três vezes, criam seis filhos e dividem salão de beleza — Foto: Maíra Tairine Costa/Arquivo Pessoal
Irmãs gêmeas engravidam juntas três vezes, criam seis filhos e dividem salão de beleza — Foto: Maíra Tairine Costa/Arquivo Pessoal

No endereço onde moram, em Campina Grande, no Agreste da Paraíba, duas irmãs compartilham muito mais que o sobrenome e os traços idênticos. Maíra Tairine Costa Pereira da Fonseca e Maiara Costa Pereira são gêmeas univitelinas, mães de seis filhos no total, sendo três de cada uma, e sócias de um salão de beleza que construíram com esforço e amor ao longo de mais de 20 anos de profissão.

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Aos 34 anos, elas dividem a vida, a maternidade, o trabalho e uma conexão tão intensa, que até engravidaram três vezes no mesmo período.

Casadas há mais de uma década com seus companheiros, elas conciliam a vida em família com o empreendedorismo. Maíra é mãe de Pérola, de 10 anos, Maitê, de 9, e Amora, de 8. Já Maiara, tem Aquiles, de 10, Dante, de 8, e Apolo, de 5 anos de idade. As crianças, que são primas, crescem como irmãs, frequentando a mesma escola, morando na mesma rua e brincando juntas todos os dias.

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Gravidezes simultâneas: uma surpresa que virou tradição

Maíra e Maiara tiveram gravidezes simultâneas — Foto: Maíra Tairine Costa/Arquivo Pessoal

Maíra e Maiara tiveram gravidezes simultâneas — Foto: Maíra Tairine Costa/Arquivo Pessoal

Se a maternidade já é uma experiência marcante, para Maíra e Maiara ela ganhou contornos ainda mais simbólicos. As três gestações de cada uma aconteceram em períodos muito próximos, como se os caminhos da vida tivessem sido cuidadosamente traçados para serem vividos juntas. A descoberta das primeiras gestações, por exemplo, veio com uma dose de surpresa e conexão típica de irmãs gêmeas.

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“Foi totalmente uma surpresa, porque eu descobri primeiro que estava grávida. A gente achava que Maiara estava tendo os sintomas por ser minha gêmea, porque quando uma vai ao banheiro, a outra vai, quando uma sente algo, a outra sente. E aí, quando ela fez o exame, foi uma felicidade só”, conta Maíra.

A primeira gestação de Maíra foi em abril, enquanto a de Maiara aconteceu em junho do mesmo ano, há uma década. O mesmo intervalo curto se repetiu nas gestações seguintes. “Esse momento nos deixou ainda mais unidas. Tudo sempre foi muito junto entre a gente, e a maternidade só intensificou isso”, completa.

União sendo a força no dia a dia

Com seis filhos para criar, uma rotina intensa de trabalho e pouca rede de apoio, a vida de Maíra e Maiara é, como elas mesmas definem, uma “loucura organizada”. A chave para dar conta de tudo está na parceria. As irmãs se ajudam na criação das crianças, dividem tarefas, horários e também o carinho pelas rotinas da casa e do salão.

“Nossa rotina é uma correria. A gente também é empreendedora, trabalha fora e não tem tanta rede de apoio como deveria ser. Então é uma loucura. Todas as crianças estudam no mesmo horário, na mesma escola, para que a gente tenha mais tempo livre. Elas estudam à tarde, então pela manhã trabalhamos com horário reduzido. Cozinhamos antes de vir para o salão, que abre entre 8h30 e 9h. Depois, vamos para casa dar banho nas crianças, almoçar e levá-las à escola, que é na mesma rua do salão”, detalha Maíra.

Segundo ela, a rotina com seis crianças que moram praticamente juntas exige disciplina e uma rotina repleta de cuidados. “As crianças têm hora para tudo, e isso facilita nosso dia. No fim da tarde, trazemos elas para o salão e elas já ficam quietinhas, acostumadas, até que os maridos cheguem do trabalho”, explica.

Período da amamentação reforçou laços entre as irmãs gêmeas

Entre os muitos momentos marcantes que viveram juntas como mães, Maíra relembra de uma das fases mais desafiadoras: a amamentação. Maiara teve dificuldades para amamentar o primeiro filho, e a solução veio da forma mais afetuosa possível, com Maíra assumindo esse papel naquele momento.

“Maiara teve muita complicação para amamentar o primeiro filho. A mama feriu, ela não tinha condições. E eu amamentava ele. Foi muito gratificante saber que eu podia estar ali fazendo o papel dela de mãe, amamentando o filho. É um momento muito mágico entre mãe e filho”, relembra Maíra, com emoção.

Os filhos, por sua vez, vivem essa proximidade com naturalidade. Estudam na mesma escola, convivem diariamente, passeiam juntos e são criados como irmãos. “Eles são primos, mas são irmãos. Só se separam mesmo na hora de dormir. Fora isso, estão sempre juntos”, resume Maíra.

Do salão à maternidade

Maíra e Maiara trabalham com um salão de beleza há cerca de 20 anos — Foto: Maíra Tairine Costa/Arquivo Pessoal

Maíra e Maiara trabalham com um salão de beleza há cerca de 20 anos — Foto: Maíra Tairine Costa/Arquivo Pessoal

Maíra e Maiara começaram a trabalhar como cabeleireiras ainda crianças, por necessidade. Criadas pela mãe em um bairro de periferia, viram no salão de uma tia a oportunidade de aprender uma profissão e ocupar o tempo. E foi ali, entre lavatórios e escovas, que descobriram sua vocação.

“A gente tinha 10 anos e começou abrindo e fechando o portão do salão. Depois, ela nos deu um secador de presente. Eu escovava o cabelo de Maiara e ela escovava o meu. A gente se encantou. Não escolhemos essa profissão, ela escolheu a gente”, explica Maíra.

Atualmente, o salão funciona na mesma rua onde moram. A mudança de local, feita há cerca de três anos, foi pensada justamente para facilitar a logística com as crianças. “O salão é nossa filha mais velha. Ele nos tirou de um lugar difícil e hoje trabalhamos com muito amor. É nosso refúgio, nosso orgulho”, afirma.

Maternidade compartilhada e legado

Filhos de irmãs gêmeas de Campina Grande — Foto: Maíra Tairine Costa/Arquivo Pessoal

Filhos de irmãs gêmeas de Campina Grande — Foto: Maíra Tairine Costa/Arquivo Pessoal

Ser mãe ao lado da irmã gêmea é uma experiência que Maíra define como “grandiosa”. Para ela, a maternidade trouxe o fortalecimento da relação com a irmã, e também coragem e amadurecimento. E é esse exemplo de parceria e união que ela deseja transmitir aos filhos.

“A maternidade representa amor e aconchego. Ser mãe junto da minha irmã gêmea é uma coisa imensurável. É encantador. A maternidade nos deixou mulheres fortes e muito corajosas”, diz.

Quando pensa no futuro dos filhos, o desejo é simples, mas profundo: que eles levem adiante os valores que sempre guiaram a família.

“Espero que o nosso esforço de criá-los juntos traga união para a vida deles. Que tenham parceria como eu e Maiara temos. O legado que desejo é que sejam honestos, respeitosos e que ajam sempre com amor. Eu, como mãe das meninas, desejo que o legado da minha profissão seja continuado por elas, sendo assim o desejo do coração delas”, conclui.

G1 PB 

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